Os "espertos" mais tarde ou mais cedo, acabam por morder a própria língua e mergulhar no seu fel. Pena que até ali chegarem deixam um rasto de destruição, mercê dos seus julgamentos endeusados, absurdos, parciais. injustos, que acabam por prejudicar emocionalmente terceiros (meros peões) no jogo da maledicência.
O berço de um homem está no lugar onde nasceu, cresceu e se fez homem. O aroma da natureza que o rodeia; as vivências; as gentes, tudo isso molda o nosso carácter ... confesso que as saudades pesam na minha alma! Neste blog falo-vos das minhas raízes, mas também do que me inflama a mente. Sejam bem-vindos! Visite ainda o blog: http://joaogsalvador.blogspot.pt/
quarta-feira, 20 de maio de 2015
terça-feira, 12 de maio de 2015
Maldade humana
Quando pensei já ter visto e ouvido tudo, deparo-me agora com a história da crueldade no seu estado mais puro - a maldade humana, ignóbil, traiçoeira e devastadora.
Como é possível alguém querer tão mal a outro ser humano, pessoa que é exemplo para muitos, mas porque eventualmente cometeu um erro é crucificado?
Quem pensa ser tão endeusado, tão puritano, tão perfeito, mas ao mesmo tempo tão bajulador, que necessita de lançar na lama o nome daqueles que vivem na pureza das amizades e que por essas são atraiçoadas, açoitadas, injuriadas...
Costuma dizer-se aquilo que se planta colhe-se e o veneno expelido pode voltar e propagar-se pelo emissor, contaminando-lhe o corpo e a alma, ressequindo-lhe e sugando-lhe qualquer réstia de humanidade, tornando-o num ser excretável, imundo e desprezível!
Esse tipo de delatores endemoniados, terão o destino que lhes reservará um horizonte de desprezo, pois o seu brilho enganador será apenas momentâneo e ilusório, já que o prato onde cospem será aquele no qual lhe servirão a comida envenenada pelas suas próprias atitudes.
Ao invés de caminharmos para um mundo melhor, caminhamos para um mundo de delação, injúria, calúnia, inverdade, ruma-se às trevas, onde a natureza humana de algumas almas apodrecidas já reservam o seu lugar, numa tumba fria e abandonada!
João Salvador - 12/05/2015
sábado, 2 de maio de 2015
Conversas de café versus socialização
O ontem …
(Foto do Grupo Café Sobe e Desce –
Vassal)
Nas aldeias e vilas, a noite traz o descanso
dos trabalhadores que desde cedo se dedicaram à labuta nos campos ou na
construção civil, já que a indústria no interior é praticamente inexistente.
Após muitas horas de trabalho braçal, o
regaço do lar apresenta-se aos homens e mulheres, no seu quadro de conforto e
aconchego. Forram-se os estômagos e apazigua-se a fome, acalmando o corpo. A
alma sossega depois de um dia de preocupações e inquietudes, precisa agora de
alimento humano: de socialização, conversação e de palavras calorosas, ditas da
voz de um amigo ou conhecido que ajude a estabilizar a mente.
Dito isto, procurando agora alimentar o
espírito, sai-se de casa, em passo lento e despreocupado, absorvendo o manto da
noite estrelada, cheirando os aromas das mimosas que nesta altura vestem os
terrenos que ladeiam as povoações e entra-se na taberna, ou no café para umas
horas de relaxamento.
As caras são conhecidas. Amigos de infância,
pessoas da mesma escola de vida: da aldeia; da vila; que partilham destinos
similares, preocupações mas também alegrias.
Pedido o café para iniciar a noite, trago
após trago, as conversas fluem numa vozeria controlada e amena, com picos de
exaltação salutar, quando os temas são quentes, como é o caso das paixões
clubísticas.
Não se recusa o convite para o jogo de
cartas. Uma sueca, um chincalhão, para animar a noite e ajudar a passar o
tempo. Uns mais habituados que outros, vão-se gladiando, partida a partida, com
perícia ou não deliciando-se com a estratégia adoptada, visando ganhar as
partidas. Os bastidores são revestidos por espectadores que vão opinando entre
eles sobre as jogadas, olhando de soslaio para as cartas de cada jogador,
delineando as suas próprias estratégias, ao mesmo tempo que retemperam forças
acompanhados de uma cerveja, acompanhada de uns amendoins ou de uns tremoços.
A noite vai decorrendo numa parcimónia
harmoniosa, decorrente de troca de diálogos respeitantes às vidas de cada um,
enriquecendo-se a experiência de vida, estreitando-se laços de amizade, mas
acima de tudo socializando.
O hoje …
Nas cidades (e hoje também em muitos locais
do interior), vivesse sem tempo, apressados para o nada, trilhando-se caminhos
vazios, mostrando-nos sempre insaciáveis e insatisfeitos com o que a vida nos
dá!
Este cenário de socialização pessoal e plena é hoje cada vez mais irreal,
transfigurado pelas novas tecnologias, usadas por todos nós, as quais estão a
matar a socialização humana.
Os jogos reais são substituídos pelos
virtuais, as conversas pelos chats, os amigos reais pelos virtuais … é este o
caminho que se segue, cabendo a todos controlar ímpetos da utilização abusiva e
viciante das novas tecnologias como é o caso dos Smartphones que são
transportados para todo o lado.
A voz jaz muda, substituída pelos sons dos
teclados, não se ouvem as palavras cujo aconchego tanto necessita a alma
humana. O som das teclas é impessoal, frio, deprimente. Escrever a palavra
amor, vê-la num ecrã, não preenche o sentimento. Tal ocorre se dita
pessoalmente com sonoridade, afecto, ouvindo-se a voz de quem a diz, olhando-a
nos olhos, absorvendo o momento, retendo a energia que dali emana.
A culpa essa não é do avanço tecnológico, mas
tão só de cada um de nos, que pode e deve ter tempo para socializar com pessoas
reais, afastando as tecnologias quando na presença de amigos, devendo
substituir o Chat pelo diálogo.
É deprimente entrar hoje num café polvilhado
de jovens de todas as idades e ver que todos eles regrediram aos primórdios da
espécie humana, curvando-se olhado para o visor, abstraídos ao mundo real.
Assim segue o destino da socialização …
João Salvador – 02/05/2015
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