Era uma vez um rebanho de
obedientes ovelhas, que caminhavam barafustando contra os lobos dominantes,
levantando a voz incansavelmente até à chegada ao comedouro.
Ali alimentadas de promessas
e depois de refasteladas voltavam à transumância ruminante de uma existência
ignorante de quem não deu o grito de BASTA!
Continuam as ovelhas a
sofrer abnegadamente, alimentando os lobos através do seu suor, abdicando da
sua dignidade.
Vivem num sistema de
ditadura política e económica onde não são senhores do seu nariz, presos a uma
liberdade aparente, onde podem manifestar-se, mas apenas quando convém aos
lobos, mas no fundo não podem viver!
Que sistema é este de
alternância onde todos os lobos de cores diferentes se alimentam das entranhas
das ovelhas sem se preocuparem em descobrir um pasto verde, onde estas possam
viver melhor e possam procriar.
Que lobos são estes que não
deixam as ovelhas ascender à política interventiva através de movimentos de
cidadãos elegíveis.
Quando acabam estes
energúmenos com as carneiradas da disciplina de voto, onde todos obedecem a
interesses instalados e que em bom rigor não respeitam nem defendem o cidadão?
Para quando acabar com os
jogos de interesse entre a política e os negócios ilícitos que apenas alimentam
o grande capital, semeando pobreza e fome no seio do rebanho?
Para quando a prisão de
todos estes Filhos de uma mãe pura que foi conspurcada com os actos corrosivos
e corruptos de uns filhos de uma nação por eles vendida?
Para quando um herói que
corte as goelas aos lobos mascarados de ovelhas nos dias de eleição?
Assim é um povo que não se
governa nem se deixa governar.
Arménio Santero – 25/05/2014
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