sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Minha Aldeia



A minha aldeia é o berço da minha formação, 
a minha progenitora, 
o alimento da alma!
Ali aprendi os valores da humildade, 
honestidade, e tantos outros, 
que jazem hoje nus na sociedade decrépita, 
veneradora dos bens materiais, 
envenenadores e insaciáveis. 

A minha aldeia, é o meu berço, 
o útero da minha criação, 
a mãe da minha mãe. 
Sempre que a alma chora, 
quando a injustiça me fere, 
refugio-me nas memórias da minha aldeia.
As lágrimas, enxugo-as no leito do rio translúcido, 
que atravessa tão nobre terra, 
banhando os seus filhos de humildade e amor!
As traições, o esfaqueamento da deslealdade, 

que me atingem como um gume frio, 
limpo-as com a beleza dos olivais, 
da natureza luxuriante que ladeia o paraíso.
Respiro o seu ar puro, 

alimento-me das memórias, 
rejuvenesço e renasço, 
abatendo todas as energias negativas, 
que em vão, me alcançam, 
mas não derrubam!

Daqui vejo o destino, a vida ...




João Salvador - 04/08/2018


2 comentários:

  1. Cada palavra, cada sentimento, interiorizo-o dentro de mim. Gosto muito da tua forma de escrever e transmitir, como reais que são, as tuas vivências. Parabéns!

    ResponderEliminar