quinta-feira, 20 de novembro de 2014

O ARTESANATO E A GASTRONOMIA EM VILA REAL

De 28 a 30 de novembro - Pavilhão de Exposições da Nervir
A 17ª edição da FAG – Feira de Artesanato e Gastronomia de Vila Real, vai decorrer de 28 a 30 de Novembro, numa organização da NERVIR - Associação Empresarial e da Câmara Municipal de Vila Real. 

A FAG é uma referência, em termos de artesanato e gastronomia na região, contribuindo para a dinamização e valorização dos produtos artesanais, das artes e do comércio tradicional, em detrimento de outras formas de comércio de massas.

Complementa esta edição da FAG, a transmissão, no dia 30 de novembro, do programa Somos Portugal da TVI, que contribuirá para a divulgação do artesanato e da gastronomia presentes, assim como para a divulgação do que de melhor Vila Real e a região, têm para oferecer. 

A FAG 2014 tem entrada livre e abre ao público no dia 28 de novembro às 16H00, nos dias 29 e 30 de novembro, abre às 10H00.

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sábado, 8 de novembro de 2014

Almas errantes


Na imensidão da alegria festivaleira, surgem rostos transfigurados, deambulando perante uma multidão errante, qual almas penadas, sem rumo … sem destino!

Mentes manipuladas sabiamente por usurpadoras de corações que usam a sedução do seu corpo para transformar as almas em bonecos de trapos esfarrapados, sem um pingo de sentimento, cujas ordens acatam prontamente. Cumprem religiosamente o que lhes é exigido através de um sorriso malévolo.

O olhar de tais homens torna-se inexpressivo, inexistente, opaco, escuro como o breu, tornam-se automatizados … robotizados, meros corpos andantes sem sonhos!

Almas contagiadas pelas mentes perversas de mulheres esganiçadas, nada esbeltas, mas dotadas de um poder manipulatório estonteante, alarmante e perigoso, causando tais habilidades inveja ao próprio belzebu.

É angustiante ver homens outrora cheios de valores, bondosos, honestos, dialogantes se transformem agora em seres mudos, sem vida, em nada …

Essas almas cujos laços os uniam ao amor familiar, amigos, e a todos que o respeitavam e amavam, perderam-se na imensidão de um mar de maldade, criado por um ser diabólico que agora atormenta as almas que controla!

Dali já nada brota, os canteiros com túlipas plantadas pelo amor de quem venerava tais almas murcharam, morreram de dor, perante a indiferença, o desprezo, a angústia … uma realidade que enjoa quem presencia tal quadro cujas pinceladas ditaram o destino de seres outrora pensantes.

Essas almas foram de tal forma enclausuradas nas garras de uma ave maliciosa, que sobrevou a sua presa como um necrófago, cuja alma pertence diabo, tendo perdido o contacto com a realidade!

Que salvação tem uma alma atormentada por sonhos obscuros, ladeado por pantanosos pensamentos, errante pelas trevas que o aprisionam em si? Existe uma solução dolorosamente penosa. Deixar que rume até à sua própria perdição, caindo no abismo da sua mente atormentada até ao ponto que separa o amor da desilusão da loucura e resgata-lo ainda que recolhendo os cacos do seu coração esfarrapado em fiapos muito pequenos, espoliado do amor-próprio e dos bens de que foi aliviado pela diabólica mulher que o sugou até ao osso, trazendo-o de volta à vida.

Tal consegue-se possivelmente através da compreensão, do amor incondicional de quem tudo perdoa, até o desprezo silencioso – ainda que não voluntário, que corta o coração de quem o sente, numa angústia dilacerante, maltratado pela alma resgatada que procura trazer novamente à realidade.

Os embriões dos sentimentos foram cortados não à nascença, não pelas mãos da parteira mas pelas mãos impuras de uma rameira esquelética sugadora de sonhos, destruidora de vidas que se alimenta da ignorância, da fraqueza da carne das almas perdidas!

O amor deve ser puro, consentido, carinhoso, compreensivo, partilhado, sentido na alma e no coração, não é interesseiro … vivido nos corações onde de onde jorra um amor cristalino, translúcido como as águas dos riachos das montanhas ainda puras. Se o não for é puro veneno que contagiará a alma e a mente e matará quem sente!


João Salvador – 10/08/2014

Ruina humana


A ruína humana é uma realidade em muitas vidas destruídas pela incúria irresponsável dos próprios arruinados que padecem de falta de amor-próprio.
Iludidos por esbeltas palavras envenenadas, presos à hipnose do poder carnal que mal conhecem, vivem suas almas algemadas ao veneno de afrodites camufladas em santas beatificadas.

A desilusão trespassa como uma lança afiada aqueles que com a sua clarividência vêem a maldade das trevas a apoderar-se de corações inocentes, outrora puros e felizes, agora impregnados de bactérias de invejas, ganância, altivez e maus sentimentos, que corroem por dentro o ser humano, matando-lhe a bondade.

Ainda que se tente extrair o veneno das víboras, estas protegidas pela loucura do amor enfeitiçado, e pela loucura do iludido, pavoneia-se vitoriosa pelas ruelas da malvadez, espalhando um falso sorriso que cativa e aprisiona os mais desprevenidos. Rastejam essas cobras esbeltas, envenenando a felicidade alheia, matando-a lentamente, destruindo laços de amizade, de camaradagem e até familiares …

Essa raça de afrodites venenosas, povoam um mundo decadente da qual se alimentam, extraindo através dos seus ardis tudo aquilo que necessitam para viverem uma existência desafogada, sem qualquer pudor em pisar um ser humano que lhes caia nas garras.

Ver o olhar de alguém perdido, sem brilho, qual um fantasma cambaleante e perdido, caminhando errante vivendo para si e para a Afrodite venenosa, desprezando a própria prol, a família e os amigos, provoca uma revolta, uma repulsa tal que a ira alcança a mente dos mais devotos budistas que buscam a iluminação e a vêem esfumar-se perante tanta maldade!

Estas almas vivem sonâmbulas, entristecidos, enganados. No seu íntimo vivem apenas alimentados pelo veneno que os controla, dando-lhes a sensação de um bem-estar inexistente no mundo real, mas que habita a sua imaginação enganada pelo olhar pérfido de uma deusa que não o é!

O vírus espalha-se de uma forma alarmante, perdendo aos poucos a alma que é vendida ao diabo ao desbarato. Quem ama essas almas apesar de não deixar de lutar para os conduzir à luz da razão, sente vontade de desistir de lutar perante a imensidão de tal poder, pois os corações são já nutridos pelo veneno que lhes corre nas veias de quem se preza e é difícil curar tal maleita.


João Salvador – 09/08/2014