segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

PORQUE A VIDA SÃO PEQUENOS NADAS

E porque a vida também é isto ...paz e serenidade!
Levanto-me de manhã, 
respiro o ar da natureza, 
navego nas brumas misteriosas, 
que me aconchegam! 

Caminho pelos campos, 
recebo destes os bons dias. 
Sou abençoado pela visão do paraíso, 
ainda não conspurcado por Adão e Eva. 
Sinto-me puro, liberto, 
um homem livre de todas as preocupações. 

A mescla fantasmagórica, proporcionada pelo nevoeiro matinal; 
as árvores por ele escondidas, as suas cores, os seus sabores, 
rejubilam na minha alma de criança!
Sinto os dióspiros suculentos na minha mão, já amadurecidos. 
Alguns derreto-os na minha boca,
saboreando o suco de afrodite a escorrer pela minha garganta ... divinal
Nada é mais prazeroso, que estes pequenos nadas, que são no fundo tudo!

João Salvador - 24/14/2018



 




 


 

MENSAGEM FINAL DE ANO 2018/2019


Estamos prestes a terminar o ano de 2018 e a dar as boas-vindas a 2019. 
Alguns cidadãos, no outro lado do mundo, já festejam efusivamente esta passagem. 
O que muda com esta transição anual? Na minha opinião, rigorosamente nada, apenas uma data no calendário e a continuação da vida… a nossa! E só por isso já devemos estar gratos.
Naturalmente que nas nossas vidas, ocorreram situações boas e menos boas; conhecemos novas gentes, novos amigos; perdemos outros (se os perdemos não eram essenciais) e houve, pelo menos no meu caso, alterações a nível profissional!
No balanço deste ano, congratulo-me e agradeço pela recepção que tive no meu novo posto de trabalho, sendo um felizardo pois faço o que gosto! 
A mudança não nos deve meter medo, mas encará-la como um novo desafio. Entendo que os novos ventos nos aplacam a alma e nos ajudam no nosso viver! 
Não podia deixar de agradecer a todos aqueles que quer neste ano, quer nos anteriores foram as pedras basilares, no meu sucesso pessoal e profissional, pois sem eles, seguramente não teria alcançado todas as metas a que me propus. Ainda que por vezes tenha ficado um amargo de boca, mercê de alguma ingratidão (aliado à falta de reconhecimento), mas e como muito bem me dizem “as atitudes ficam com quem as toma”; sigo em frente …
A nível pessoal, nada a apontar, a paz tem-me bafejado, vivendo na acalmia destas águas turvas, apenas tempestuosas no que a todos respeita, que é a carga de impostos que pende sobre nós e torna as nossas obrigações fiscais hercúleas. 
Não vejo no horizonte ventos de mudança nessa matéria, pois os pilares da democracia estão seriamente deteriorados/ameaçados, e quem sofre, são sempre os mesmos. Que nunca nos tirem a dignidade, pois se tal ocorrer perderemos a nossa essência e humanidade! 
O bem mais precioso é a nossa saúde, estando bem, todos os restantes obstáculos são superáveis. 
O ciclo da vida, apresenta-nos situações, cujas decisões são cruciais para nós, pelo que devemos sempre sopesar a melhor opção para cada um de nós. O erro, esse está sempre à espreita, mas é com ele que aprendemos. Errar não me mete medo, o que me mete medo é não viver, não arriscar … 
Devemos ter a sapiência de ponderar cada acção, e não esquecer que nada nos é entregue de bandeja. É necessário lutar para alcançar os nossos objectivos. Isto a par da solidariedade humana e da gratidão. 
Só um homem sério e humilde poderá ser um bom homem e ser humano, pois é veementemente nisso que acredito. É esses valores que transmito à minha prol e a todos que comigo privam!
Não me rejo nas trevas, nem na maldade, sou um ser humano que erra! Mas afinal quem não erra, quem é perfeito? O ser humano é por natureza e na sua essência um ser imperfeito e é aí que reside a sua beleza. 
O que para mim almejo, para os outros desejo!

Finalmente, uma palavra de força e coragem para o meu amigo, cujo nome por respeito da sua dor, não enuncio, que perdeu recentemente o seu filho de 16 anos. Nestes momentos não temos palavras para expressar as nossas sentidas condolências. Guarda em ti, sempre, os sorrisos e as belas memórias que com ele passaste!
A todos vós um bom ano, esperando, com sincera esperança, que seja sempre melhor que o transacto!
31/12/2018

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Vindima 2018



Mais um ano, mais uma vindima. 
O licor de Baco será certamente de boa qualidade!
Agradeço a esta gente humilde, que diariamente labutam nos campos, dando-me verdadeiras lições de simplicidade e humildade, que de tempos a tempos me bafeja, recordando-me quem sou. 
Esta é a terra, o campo, são as minhas humildes origens, onde cinzelei os valores e a personalidade!
Carpe diem!

Gratidão


Bom dia!
Uma citação alusiva a valores pelos quais nos deveríamos reger.
Lamentável é ver que a gratidão é algo que não assiste aqueles seres humanos egoístas, hipócritas e mal agradecidos.
Muitos mordem a mão de quem os ajuda ...
No entanto, o arrependimento de actos altruístas, não deve existir, nem deve apoquentar o nosso viver. 
Ajudando sem esperar retorno ou agradecimento, engrandece a alma e faz de nós, pessoas melhores!
"A gratidão é o único tesouro dos humildes."
Carpe diem!

Politicamente correcto


"É cada vez mais isto! 
Vitimização, politicamente correcto, desprezo pela vítima, inversão de valores, decadência social, desrespeito pela justiça e principalmente pelas forças de segurança ...
Alguns meus amigos e conhecidos até podem discordar, mas quem conhece a realidade das "ruas" fora de "portas" (gabinetes) sabem que é assim. 
Um país dominado pela corrupção, compadrio, jogos de interesse, desprezo pelo povo que sofre injustiças diárias, nunca será um país justo, solidário e igual!
O garante da justiça e da ordem, jaz hoje moribundo, abandonado, desprovido de autoridade, meios e homens ..."

Retrato do interior


Como um sopro de nada, assim me esvaio nesta vida curta, onde uns tudo têm, tudo podem, tudo pisam, e outros, coitados, nada temos, nada podemos, coitados. 
Um país estilhaçado por corrupção humana, sim, cometida pelos Homens, não por deuses ou arquitectos. 
Um país que trata mal quem tanto deu à nação é um país sem futuro a quem um dia irá faltar o pão. 
Um país despovoado é sinónimo de um futuro desequilibrado.
Triste sina a nossa onde nem a justiça nos vale, pois essa, que nos poderia servir a esperança, está mais cega do que nunca. 
Valha-nos o calor do nosso humilde lar, com lenha apanhada por estas mãos, por animais criados por esta gente, por uma paz que não deseja a guerra, por uma vida que teima em não chegar ao fim.

Texto: Paulo Costa 

Foto: Rui Pires

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Divagações


A vida, através das suas ondulações, boas e más, é a nossa escola, navegando nas suas vicissitudes. 
Através dos obstáculos, que contornamos, tornamos-nos mais sapientes, resilientes, maduros!
Existem períodos, situações, ocorrências de vida que marcam para todo o sempre. Mazelas que ficam, mas que não nos derrubam!
Aliás, em muitos casos, são uma aprendizagem, que nos fazem crescer. Aprendemos a ser melhores seres humanos, amigos, ouvintes e compreensivos, quer nas nossas, quer nas adversidades sentidas por terceiros.

Tenho apreendido a ouvir, e principalmente a evitar a crítica fácil, a negatividade, o mal dizer que diariamente bombardeia os nossos ouvidos, pois nada acrescenta e apenas adensa as trevas e prejudica o nosso bem-estar!
Faz oito anos que fui operado pela segunda vez, e isso apenas me relembra que devo dar mais valor ao viver, às pessoas, às relações interpessoais.
A perfeição não é característica do ser humano, pois somos imperfeitos, e é nessa imperfeição que temos a nossa beleza. E aí que reside a nossa essência, pelo que devemos aprender a ouvir, argumentar, mas acima de tudo aceitar as opiniões de outrem, ainda que não se concorde com ela.
Cada vez mais devemos evitar alimentar almas conturbadas, doentes, maldosas, que sugam a nossa positividade e a delas próprias. Fazê-las compreender que a maledicência, a injúria, a infância, lhes consome a sanidade mental, é muitas vezes uma batalha hercúlea, perdida ... mas mesmo assim "eu luto", acreditando que a mudança é possível. Sou por natureza optimista, ainda que ocasionalmente vacile!
Talvez o amadurecimento, aquela fracção de segundos em que ia entregando a alma ao criador, me tenha iluminado, ensinado a amar a vida e aqueles que amo, entregando-me aos segundos que diariamente vivo e respiro!
Naquele dia 22 Abril de 2010, renasci, descobri que respirar é uma dádiva, viver é uma bênção.
Se já valorizava e praticava certos princípios morais, mais os valorizo hoje, o respeito a par da solidariedade são pedras basilares da essência humana ...
Até nos piores dias se encontram motivos para sorrir!

(Foto de 2010 - Fernando Carvalho)

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

24 de agosto- Dia da Infância


Muitos foram criados na dureza de uma vida austera, hoje memórias longínquas. 
Nascidos na terra, revolvida desde nascença de onde obtinham o sustento e cuja labuta lhes foi imposta, não pelos pais, mas pela crueza e necessidade da vida, da subsistência!

O trabalho, moldou infâncias, mas vincou valores, valorizando o alcançado pelo suor.
Hoje trabalho infantil, em tempos rotinas de vidas sofridas ...

Uma homenagem a todas as crianças de ontem e de hoje, que trabalham, esquecendo os sonhos coloridos de outros, pois não têm tempo nem condições económicas para vive-lo!

"Pode-se chamar de criança à uma criatura que lavra a terra, corta a lenha, carrega água e, no fim do dia, já não tem alma para brincar?"
Mia Couto

Memórias longínquas

(Moinho dos meus pais)

Memórias de tempos longínquos ...

Naveguei por sonhos vividos, 
por memórias doces e irrepetíveis. 
Cada momento é único, pessoal, nosso!

Uma viagem ao passado, 
a um local que me enche a alma.
O berço original da minha infância, 
um tempo em que a pureza dos actos, 
dos gestos, das vivências inundavam este ser humano!

Um lugar de espiritualidade, meditação, 
berço da criação de uma família como muitas outras, 
de tempos duros, sofridos, chorados, mas contudo adorados.

(Rio onde brincava e tomava banho)

Adorados, nos valores partilhados, nos prazeres de criança 
vivendo no seu mundo, rodeado pelo chilrear dos pássaros, 
do correr dos leitos de um rio límpido, fresco, cúmplice ...
Transportar a nossa mente às memórias adormecidas é nostálgico,
 inexplicável, um saudosismo que alimenta!

Carpe diem!



sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Minha Aldeia



A minha aldeia é o berço da minha formação, 
a minha progenitora, 
o alimento da alma!
Ali aprendi os valores da humildade, 
honestidade, e tantos outros, 
que jazem hoje nus na sociedade decrépita, 
veneradora dos bens materiais, 
envenenadores e insaciáveis. 

A minha aldeia, é o meu berço, 
o útero da minha criação, 
a mãe da minha mãe. 
Sempre que a alma chora, 
quando a injustiça me fere, 
refugio-me nas memórias da minha aldeia.
As lágrimas, enxugo-as no leito do rio translúcido, 
que atravessa tão nobre terra, 
banhando os seus filhos de humildade e amor!
As traições, o esfaqueamento da deslealdade, 

que me atingem como um gume frio, 
limpo-as com a beleza dos olivais, 
da natureza luxuriante que ladeia o paraíso.
Respiro o seu ar puro, 

alimento-me das memórias, 
rejuvenesço e renasço, 
abatendo todas as energias negativas, 
que em vão, me alcançam, 
mas não derrubam!

Daqui vejo o destino, a vida ...




João Salvador - 04/08/2018


segunda-feira, 4 de junho de 2018

A humanidade já não reside no coração dos homens?


Um cenário dantesco! 
A humanidade já não reside no coração dos homens?
Vale mais o poder do dinheiro, o poder pelo poder, que a vida humana!
Os líderes mundiais protelam enquanto diariamente centenas de inocentes perdem a vida, na Síria (o que ocorre também noutros locais deste mundo desumanizado).
Não vejo luz que ilumine as trevas ...

" 'Com o corpo, falamos tristezas que as palavras desconhecem.''
- Mia Couto, in
''Um Rio Chamado Tempo,
Uma Casa Chamada Terra''

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Saturação


 

Existem várias definições para "saturação" e "saturado", mas nenhuma define o que cada um sente, quando os dias são passados a ouvir lamentações, queixas, reclamações, negatividade e discursos "tóxicos", que nada acrescenta ao ser humano. 

Aliás ao invés, alimenta uma nuvem negra de trevas que se avoluma nas nossas mentes, sugando-a, matando-a aos poucos, alimentando a ansiedade, o nervosismo e o stress. 

Acrescendo a isso, a inércia, a inactividade, a passividade. 

Bom isso é realmente saturante e absorve a positividade e a paz da alma mais paciente e compreensiva. 

Vivemos num mundo de "lamentações" de cretinice, de "garotos adultos", que reclamam mas nada fazem para resolver um problema. 

Em cada problema não buscam a solução mas tão só outro problema. 

Tudo tem solução, menos a morte terrena. - A esse respeito talvez faça bem a muitos de nós ir ao funeral de um amigo ou um conhecido, contactando directamente com a morte, para recebermos um banho de humildade e de pequenez, talvez assim se valorize mais a vida e os momentos!

Uma sociedade, onde "muitos" (ou alguns) nada fazem, criticam os que fazem e ainda querem ser reconhecidos por nada fazer e criticar quem faz!

Assim se vive nos dias de hoje! 
Bem-vindos ao mundo da hipocrisia.


João Salvador - 09/02/2018

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Passa o dia a reclamar?

Passa o dia a reclamar?
Desiste à primeira contrariedade?
Foge dos problemas?
Acha que essas atitudes o fazem singrar na vida? Naturalmente que não. Os nós devem ser desatados. Só assim alcançamos aquilo que almejamos na vida! Não espere que as coisas lhe caiam de bandeja! Lute por aquilo que quer!