domingo, 24 de novembro de 2013

Luto de uma nação



Aos dois profissionais recentemente falecidos da GNR que descansem em paz. Ás famílias as minhas condolências.
Infelizmente hoje perdeu a vida um jovem com apenas 4 anos de serviço, num acto tresloucado de um indivíduo que feriu ainda outros militares, civis e matou um cão-polícia, ferindo outro.
Continua o desprezo por parte da classe dirigente e chefias pelo trabalho destes homens e mulheres que apesar das adversidades; atropelos; descontentamento; falta de meios e outras tantas situações continuam a zelar pela segurança da população com risco da própria vida.
Ainda acham que são funcionários públicos normais? Sim são apenas para os cortes e para trabalhar horas a fio sem horas extraordinárias pagas; para satisfazerem números das chefias; para trabalharem noites e dias, feriados e fins-de-semana. Não o são para as quarenta horas e para terem um horário de referência; para ganharem horas extraordinárias como os restantes funcionários públicos; não o são em termos de condições de trabalho que lhes são negadas e que afectam directamente a vertente operacional.
Uma coisa é certa tudo tem o seu limite e seguramente ou a insensibilidade dos governantes para abrirem os olhos cessa ou a paciência pode acabar no seio do povo luso e naqueles que tem em si a defesa da constituição, das leis da república que juraram defender.
Sim os militares juraram defender a constituição que tantas vezes é violada pelos governos, que se acham cheios de moral apenas porque os polícias derrubaram uma barreira psicológica (o que em outras manifestações já havia ocorrido - não se tendo recorrido à força), mas manifestaram-se de forma ordeira.
Eles (políticos e outras elites económico-financeiras) alimentam hoje um hospedeiro cada vez mais gordo, retirando o alimento ao povo "que trabalha e geme até cair", mas tudo tem os seus limites.
Exige-se respeito pelo povo e JUSTIÇA, a qual falha em punir os responsáveis por desvios colossais de milhões de euros que poderia pagar a dívida, mas essa justiça está castrada a interesses político-económicos. Os poucos que ousaram enfrentar os interesses instalados viram as suas carreiras comprometidas e até congeladas, logo pergunto como ser honesto num país onde os pilares da democracia estão assentes na corrupção?
Cortes até os aceito desde que TODOS se sacrifiquem e não vivam num regabofe, alimentando os bolsos à custa da miséria de um pai que não tem emprego e não tem dinheiro para alimentar os filhos.


Aos políticos (não todos – existirão algumas pessoas de bem) o meu total desprezo e nojo, pois trata-se de uma raça de carraças que se entranham e sugam o sangue de quem nada fez para ter a crise à porta e agora paga por ela, para apagar os buracos deixados por decisões danosas para o país. 
Só apetece dizer educadamente PUTA QUE OS PARIU, sem ofensa para as suas mães. A indignação e o descontentamento na sociedade civil e naqueles que controlam a violência (Forças Armadas e Forças de Segurança) poderão dar lugar à REVOLTA, cujos únicos culpados estão identificados!

Crónica de Arménio Santero - 24/11/2013