Corria o mês de Janeiro de
1973, quando a moleira descobriu que estava grávida, cujo fruto foi gerado no
seu último acto de amor com o seu homem que partiu. Ficou consternada, pois a
vida era já tão dura e vinha mais uma boca para alimentar. Ainda pensou em
abortar mas decidiu que onde se criam quatro criam-se cinco. Fruto da sua
decisão nasceu no verão de 1973 o filho mais novo.
Os anos correram lentos,
numa vida cheia de trabalho. Os filhos mais velhos emigraram ficando apenas os
mais novos.
Ajudada pelos irmãos
emigrados na França e no Brasil e pelo seu trabalho diário, continuou a
sustentar a sua prol, agarrando-se às memórias que lhe alimentavam a alma onde
buscava forças para continuar.
Tinha momentos em que
pensava em baixar os braços e desistir, mas tinha que pensar nos filhos. Entre
o moinho que cedo cedeu aos avanços da tecnologia, e a agricultura lá foi a
moleira criando os filhos.
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